Les démons du Passé, du Présent et de l'Avenir


E quantas vezes damos connosco a
Desafiar os demónios da nossa mente?
Quantas vezes nos encontramos frente a frente
Com o perigo da sua invasão?

Quantas vezes viramos as costas
A tudo o que mais desejávamos,
Porque algo nos grita incessantemente ao ouvido
Que vamos perder tudo?

Quanto perdemos nós
Por medo de perder?

Grito mudamente ao silêncio da minha mente,
Quando o meu cérebro martela mais do que devia,
Menos do que preciso,
Mais do que consigo ouvir.

Quantas palavras me saem pela boca,
Com medo de ficarem presas no pensamento,
Sequestradas pelo coração?

Sorrio de volta ao monstrinho de sete cabeças,
Forquilha ao ombro,
E sorriso escarnecedor no rosto.

Olho-me ao espelho,
Tentando encontrar o que outrora fui,
O que apresento agora,
O que quero ser depois.

E fujo.
Não muito,
Não pouco.

Fujo apenas.
De mim.

Para ti.

E para mim de volta.

Para nós.

Eu,
Com todos os demónios de companhia,
Todos os monstrinhos amigos,
Todos os segredos indecifráreis,
Todas as promessas esquecidas.

Não sei quem seria sem eles.

Invejo quem nunca os teve,
Temo quem, igualmente,
Nunca usufruiu da sua sabedoria.

Não sei o que procuro,
Não mais do que quero encontrar.

Perco-me em romances pouco credíveis,
Amizades pouco invejáveis,
Ideias pouco ambiciosas.

Menos em ti.

Vivo sem ti,
Contigo no pensamento.

Vivo sem ti,
Sim.

Vivo sem mim,
Também.

Vivo connosco?

E tu?
Que monstros escondes por detrás do teu sorriso?
A que demónios fazes companhia,
Nas noites que passas sem mim?

E nas que passas comigo?

Que histórias passam na tua cabeça,
Que protagonistas encontras para os teus sonhos?

Que mundo é o teu?
E onde me encontro nele?
Ou será que me perco..?

Esperto de quem,
É amante sem o saber.

Mais inteligente será,
Quem sabe que ama,
Sem nunca querer ter.

E eu?
Sou simplesmente burra.

Por querer,
Por dar,
Por ter,
E por duvidar.

Especialmente por duvidar.

Mas no fim,
Não importam as histórias,
Os sonhos,
Os protagonistas,
Os mundos...

Diz-me.

Não importa o quê.
Não importa quando.
Não importa porquê.

Mas diz-me.

2015




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