Exspecto
A ti,
Que te vejo sorrir
Pelo canto do olho.
Quase consigo contar-te
As mentiras,
Se mostrares mais os dentes.
Quase consigo prever o futuro,
Enunciar uma tempestade contida,
Uma chuva constante,
Uma trovoada imparável.
Quase consigo ver o sol,
A lua,
E o resto do sistema solar,
Quase por magia.
Quase,
Sempre,
Nunca,
Quase.
Repito para mim estas palavras,
Sem lógica aparente,
Sem contagem existente,
Sem fim.
Sou,
Sei,
Serei.
Soube.
E enquanto te espreito o sorriso,
Perco o meu.
Perco-me e encontro-me
Nas mentiras em que me acho,
Nas verdades em que me vergo,
Nas histórias em que me encontro.
Onde estou eu?
2015
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