Identitatis
Era o medo
O que nos vinha
acariciar
Naqueles momentos
em que nos perdemos dentro da nossa mente,
Olvidando quem
somos, quem fomos,
Quem queremos ser.
É o medo (das palavras
não-ditas) que nos molda,
Que nos faz duvidar de
quem somos,
E que nos faz temer (temer,
sim!)
Aquela tristeza infinita
de perder (perdemos ao ter medo de perder),
O que nunca possuímos,
O que nunca lográmos
chamar de nosso.
Somos então pessoas
embutidas em medo (ou medo embutido em pessoas?),
E perdemos assim tantas
vezes a noção de nós.
E tudo o que sobeja (tudo
o que nos lembramos),
É desse medo, de perder (de
perder, sim…),
A nossa identidade (as coisas
que nos definem…),
A nossa beleza (as coisas
que ambicionamos…),
A nossa importância (as
coisas que significamos…),
Os nossos segredos (as
coisas que protegemos...).
Medo de nós (ou dos outros
e do que somos com eles?).
2015
[Campeonato Nacional de Poesia - Jornada I]
[Avaliado com 42 pontos em 45 possíveis]
2015
[Campeonato Nacional de Poesia - Jornada I]
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