Fenix


E o que dizer quando
O mundo foge dos teus pés,
E te sentes a cair vertiginosamente?

E o que dizer quando
Tudo o que queres é cair,
Sem saber onde aterrar?

E o que dizer quando
As palavras não são suficientes,
Ou não expressem o que sentes?

Quando tudo faz sentido,
Mas nada corre como o esperado,
Quando sentes que é o correto,
Mas nada mais tens a fazer do que chorar?

As lagrimas não são fortes,
A cabeça lateja,
O coração pula dentro de ti?

Não sabes o que dizer,
Não sabes o que fazer…

GRITA!

E sentes braços que te abraçam,
Mas de nada o conforto vale.
Uma situação insustentável,
Quase que asfixiante,
Paira sobre ti.

E tu deixas que o ar se esgote,
Já nem tentas respirar,
Já nem tentas fugir,
Já nem tentas…nada.

A maré lava-te a alma,
Seca-te o coração,
Adoça-te as palavras.

Mas a tristeza,
Paira como um melro negro,
De asa longa,
Que não voa.

Fica,
Como de vigia,
Pronta a entrar de novo,
Quando o coração volta a encher-se.

E como uma casca eu sobrevivo.
O pato voltou a ser pato,
Nunca foi cisne.

Meias-verdades eu ouvi,
Meias-mentiras acreditei.

Mas de ilusões eu me criei.

Não tenho para onde ir,
Nenhum lugar que me segure,
Nenhum sitia que me queira.

Ai! Se eu pudesse…
Se eu pudesse voltar atras…

Valerá a pena continuar,
Pelo amor que me têm,
E não desejar nunca vos ter conhecido?

Egoísmos á parte…
Nunca.
O mundo é egoísta.

Egocentrismo será a minha base.

2012

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