Sonhos
Bolhas a rebentarem
Cheias de algo mais do que ar,
Enchem a sala de estalidos,
E as pessoas saltam,
Não por medo,
Não por susto,
Mas porque assim tem de ser...
Conformadas na sua vida,
Nada vêm do que a sua própria existência,
O seu mundinho perfeito,
E fingem que nada mais existe...
Acabam acreditando na sua mentira,
Vivendo uma utopia de classes,
De valores e etiquetas,
Que só eles conhecem e outros como eles,
Os quais sugerem que todos devem saber,
Mas que não partilham com ninguém...
Vida suja de perfeição,
Viciada de felicidade,
Sedenta de coisa nenhuma,
E cheia de coisa alguma.
Como se vive em ilusão?
Como se morre na ignorância?
Afinal, ninguém sonha eternamente,
E mais cedo ao mais tarde alguém nos arranca
Do melhor sonho que já alguma vez tivemos,
Sem tão pouco saber o valor deste.
Acordem agora - e durmam amanhã.
2010
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