Black to Black




Não há tempo para mais desculpas;
É difícil ver-te de cabeça erguida,
E sentir que a minha descai a cada passo que dou.

É bom esse sentimento?
De vitória acima de tudo?
De todos?

Por norma,
A segunda vez é o meio caminho,
Para a dita perfeição.

Não creio, contudo,
Estar aqui para apreciar a terceira.
A minha mão já acenou diversas vezes,
Um adeus que nunca se concretizou.

O coração bate mais rápido,
E ofusca qualquer pensamento que me passe
Sempre que te vejo.
Preciso que feches os olhos,
Para não os poder ver.
Receio ser fraca demais para fechar os meus.

Mas não há tempo para arrependimentos;
Somente para soluções,
Para seguir em frente.

Afinal,
Quem pode amar alguém,
Sem se amar a si mesmo?
Quem julga que amar
É por a outra pessoa
Diante de tudo,
Então que se desengane:
Está a ser enganado á força toda,
E sem rede de segurança para quando cair.

Já dizia a minha avó,
Que o pior cego é o que não quer ver.

Mas então o que se chama a um cego,
Que legalmente, tem perfeita visão?
Estúpido.

E volto eu.
A escrever,
Mais do mesmo,
A todo o tempo.

Nem sempre a vida dá segundas oportunidades,
Mas nunca dá terceiras.
E é suposto se saber, que
Eu tenho uma vida apenas.

Lembras-te do jogo de cartas?
Quem ganha, nem sempre tem a maior mão?
É, mas por vezes quem tem a maior mão,
Deixa outro ganhar.

Porque jogo batido,
Jogo vencido.

E há jogos…
…que não valem a pena jogar.

2012

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