Inevitável


Ainda me espanto,
Com o inatismo de certas capacidades humanas.
A força de acreditar,
Que leva o cego a dizer que vê,
A força do respirar,
Que leva o morto a fingir que vive,
A natureza do amor,
Que leva o tolo a pensar que está feliz.

Não sei quantas vezes já escrevi,
Ora que gostava,
Ora que não,
De pessoas não anónimas.

A verdade,
É que o céu será sempre azul,
E a relva verde,
Independentemente do meu coração ser vermelho,
Ou estar inteiro ou quebrado.

Não sou hipócrita,
Dou tudo para amar,
E ser às vezes amada,
Não me interpretem mal.

Por muitos desamores que tenha,
Nada irá me impedir de sorrir
Naquele momento,
Ou chorar mais tarde,
Por tê-lo feito.

Mas a vida continua!
Infelizmente,
Nem todo o álcool do mundo,
Poderá arder e cicatrizar-me
As feridas encobertas
Pelo sorriso mal desenhado.

Mas alguém me disse,
Que a vida o habituou
A nunca dizer nunca,
E eu planeio seguir o exemplo.

Estar triste
Não me impede de sorrir,
Assim como não me impede de agradecer
Por ser este o meu mal maior.

Agora para ti:
Não tenho desculpas suficientes,
Que não tenha já entregue em teu coração.
Não sou a princesa dos teus sonhos,
Mas garanto-te que estarei aqui,
E te apoiarei quando ela chegar.

Não sou grande,
Não tenho grandes pretensões,
Tao pouco sou mais do que penso ser,
Ou menos do que me fazem querer.

Mas tudo o que sou,
É-te dito no silencio,
Das palavras mudas que te dito
Mesmo quando não estas disposto a ouvir.
Estarei aqui, sim.
Sempre?
Tentarei.

Porque desculpa nunca parece ser suficiente,
E nenhuma outra palavra dirá o necessário.

Lamento.
2012

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