Santa Muerte


A vida escorre no sangue,
Derramado na existência,
Na procura deste amor…

Não serei quem quero,
Não estarei onde posso,
Cercada pelo medo constante,
Do irritantemente viciante.

Matas-me,
Oiço os disparos constantes,
Os gemidos inaudíveis,
As pancadas surtas,
Os gritos engasgados.

Fujo sem sair do lugar,
Vejo sem abrir os olhos,
Oiço mesmo que as mãos fujam,
De encontro ao barulho.

Dependente de ti,
Da morte eminente,
Do sufoco,
Da angustia,
Do amor.

Estou contigo ate ao fim,
Gritante do ultimo sopro,
De vida inconstante,
Perdida na ausência,
De razoes mais fortes,
Que da própria razão,
De te amar,
Sem querer,
Sem saber.

Enterrada viva na terra suja,
Respiro a podridão da experiencia,
E renasço nos teus braços,
Como anjo da morte,
Como anjo da vida,
Como amor incompreendido.

Sem querer,
Sem saber,
Continuo,
Morrendo,
Vivendo.

Fénix em mim,
Detentora da beleza,
Ou da lealdade para contigo.

Te amo,
Mais que amor,
Mais que paixão,
Mais que a vida,
Me possa dar,
O teu sorriso,
E a minha fonte de felicidade.

Amo-te agora,
Talvez,
Amanha,
Talvez não.

E respiro,
O ar que foge,
E me escapa por entre,
Castelos partidos nas nuvens.

Vive em mim.

2011

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